Lição 07
Na lição n° 2 vimos o que é o fenômeno da viagem astral, falamos um pouco sobre os sonhos e sobre o mundo astral.
Continuando nosso estudo sobre
viagem astral, aprenderemos nesta lição uma técnica para despertar a
consciência no mundo astral, isto é, quando estivermos dormindo e sonhando,
despertarmos do sonho e nos darmos conta que estamos no mundo astral e, a partir
disso, fazer nossas primeiras experiências conscientes em astral.
A técnica que aprenderemos é a
técnica do saltinho, uma forma simples e eficiente para despertar a consciência
no astral. Isso de despertar consciência já estando em astral é chamado por muitos
de sonho lúcido. Alguns consideram projeção astral apenas quando alguém sai em
astral do corpo físico conscientemente, o que inclusive aprenderemos também
neste curso.
Para nós, no entanto, isso não
faz nenhuma diferença, pois o que importa é estar consciente no astral, não
importando se saiu consciente do corpo ou se despertou consciência quando já se
estava em astral.
A técnica do saltinho é na
verdade uma disciplina que incorporamos em nosso dia a dia.
ð E essa disciplina é a seguinte:
Em nosso dia a dia devemos
estar atentos a tudo que nos cerca, pessoas, objetos, lugares, etc. No mundo
astral existem muitas coisas e fenômenos que não existem no mundo físico como
objetos que voam, construções estranhas, seres desconhecidos e uma infinidade
de outras coisas.
Então em nosso dia a dia quando
vermos algo que nos pareça um pouco estranho ou diferente (uma pessoa com roupa
extravagante, um objeto incomum ou fora do lugar, enfim qualquer coisa ou
situação que seja um pouco diferente) devemos nos questionar “Estou no mundo
físico ou no astral agora?”, e então dar um pequeno salto com a intenção de
flutuar.
Se
não flutuar é óbvio que estará no físico, mas se flutuar significa que até
aquele momento você estava sonhando e que agora está consciente
no mundo astral.
Quanto mais vezes fizer isto
durante o dia melhor, pois será mais fácil de despertar no astral. Se nos
acostumamos com essa disciplina aqui no mundo físico quando no astral vermos
alguma das muitas coisas estranhas que lá existem faremos a mesma coisa, isto
é, iremos nos questionar, dar um saltinho e flutuar, e então nos daremos conta
de que estamos no astral e de que até aquele instante estávamos apenas
sonhando.
O ideal é sempre dar o
saltinho, mas podem ocorrer situações em que isto não seja possível, como por
exemplo no local de trabalho, perto de outras pessoas, etc.
Nestas situações, após vermos
algo que achamos um pouco estranho e nos questionarmos se estamos no físico ou
no astral, podemos fazer outra coisa ao invés de dar o saltinho: puxar um dedo
da mão com a intenção de esticá-lo. Isto também funciona porque quando puxarmos
o dedo no astral ele realmente esticará como se fosse de borracha e então nos
daremos conta de que estamos no astral.
O ponto mais importante sobre
esta técnica é fazê-la realmente duvidando se estamos no físico ou no astral,
até porque só teremos certeza disso quando dermos o saltinho ou puxarmos o
dedo.
Afinal, quem garante que agora
mesmo você não está apenas sonhando que está lendo este texto??
Se não der o saltinho ou puxar
o dedo para comprovar pode ser que você acorde daqui a pouco e se lamente por
não ter usado a técnica para despertar no astral.
E quando despertarmos no
astral, o que faremos ou para onde iremos?
É claro que temos um objetivo
definido para praticarmos estas técnicas de viagem astral: descobrir o que está
oculto sobre nós mesmos e sobre muitos outros mistérios.
No entanto ainda estamos
“aprendendo a andar” neste assunto de viagem astral e por hora faremos apenas
algumas experiências.
Estando consciente em astral
você pode experimentar saltar muito alto ou mesmo tentar voar. Pode também
tentar atravessar paredes e ver o que acontece.
Veremos em outras lições do curso um objetivo muito mais importante
para a projeção astral do que as experiências acima sugeridas.
Abaixo transcrevemos um trecho
do livro “Sim há inferno, sim há diabo, sim há carma”, de Samael Aun Weor, que
ilustra bem o tema desta lição: “Uma
noite de tantas, entrava pelas portas de uma maravilhosa mansão. Silente, atravessei
um formoso jardim até chegar a uma fastuosa sala. Movido por um impulso
interior, passei um pouco mais além e penetrei ousadamente num escritório de
advogado.
Ante
o bufete achei sentada uma dama de regular estatura, cabeça cana, rosto pálido,
lábio delgado e nariz romano. Era aquela senhora de aparência respeitável e
mediana estatura. Seu corpo não era muito delgado, porém, tampouco demasiado
gordo. Seu olhar mais parecia melancólico e sereno.
Com
voz doce e agradável, a dama me convidou para sentar ante a escrivaninha.
Em
tais instantes, algo insólito acontece: Vejo, sobre a escrivaninha, duas
borboletas de vidro que tinham vida própria, moviam suas asas, respiravam,
olhavam, etc., etc., etc. O caso, por certo, parecia-me demasiado exótico e raro.
Duas borboletas de vidro e com vida própria?
Acostumado
como estava a dividir a atenção em três partes, primeiro: não me esqueci de mim
mesmo; segundo: não me identifiquei com aquelas borboletas de vidro; terceiro:
observei cuidadosamente o lugar. Ao contemplar tais animais de vidro, disse a
mim mesmo:
Isto
não pode ser um fenômeno do mundo físico, porque na região tridimensional de
Euclides jamais conheci borboletas de vidro com vida própria.
Inquestionavelmente, isto pode ser um fenômeno do mundo astral.
Olhei
logo ao meu redor e me fiz as seguintes perguntas: Por que estou neste lugar?
Por que vim aqui?
Que
estou fazendo aqui? Dirigindo-me logo à dama, falei-lhe da seguinte forma:
Senhora, permita-me a senhora sair um momento ao jardim que logo regressarei.
A
dama assentiu com um movimento de cabeça e eu abandonei, por um instante,
aquele escritório.
Já
fora, no jardim, dei um saltinho alongado com a intenção de flutuar no ambiente
circundante. Grande foi meu assombro quando verifiquei, por mim mesmo, que
realmente me achava fora do corpo físico. Então compreendi que estava em
astral.
Em
tais momentos me recordei de que fazia longo tempo, várias horas que havia
abandonado meu corpo físico e que este, inquestionavelmente, se achava agora
repousando em seu leito.
Feita
a singular comprovação, regressei ao escritório, onde a dama me aguardava.
Então quis convencê-la de que estava fora do corpo físico: Senhora, disse-lhe.
A senhora e eu estamos fora do corpo físico. Quero que recorde que faz umas quantas
horas se deitou fora do seu corpo físico, pois sabido é que, quando o corpo
dorme, a Consciência, a Essência, desafortunadamente metida entre o ego, anda
fora do veículo corpóreo.
Ditas
todas estas palavras, a dama me olhou com olhos de sonâmbula, não me entendeu.
Eu compreendi que aquela senhora tinha a Consciência adormecida... Não querendo
insistir mais, despedi-me dela e abandonei o lugar.
Depois
me dirigi para a Califórnia, com o propósito de realizar certas investigações
importantes.”
Despertar a consciência no
astral é uma experiência nova e muito gratificante, da mesma forma que é para
uma criança dar os seus primeiros passos.
Porém, da mesma forma que uma
criança que dá os primeiros passos não aprende a correr de um dia para o outro,
também nossas primeiras experiências no mundo astral em geral são bem curtas e
acabamos retornando ao corpo físico involuntariamente e muito antes do que
gostaríamos.
Uma dúvida comum é como fazer
para permanecer todo o tempo que se queira em astral e também voltar ao corpo
físico no momento em que desejar. A verdade é que isso só se consegue com muita
prática.
De qualquer forma, tal qual
quando sonhamos (lembre-se que o sonho é simplesmente é uma viagem astral
inconsciente), o corpo astral sempre retorna ao corpo físico quando este
estiver revitalizado.
Para ter cada vez mais e
melhores experiências astrais é fundamental:
- Praticar muitas vezes a
técnica do saltinho durante o dia.
- Praticar muito, muito mesmo a
auto-observação e a morte psicológica, pois assim se vai resgatando cada vez
mais consciência para atuar em astral com maior lucidez. Além disso, quanto
mais tempo se fica em auto-observação no físico também mais tempo se fica consciente
no astral, pois estar consciente é estar em auto-observação.
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